4. ATIVIDADES FORMADORAS E DE ORIENTAÇÃO
Alunos Do Curso De Graduação
Coordenador da disciplina de Estágio Do Departamento De Administração Da UFS durante os períodos de março de 1976 a maio de 1977 e janeiro a setembro de 1996.
Orientador de alunos do curso de administração para as disciplinas Administração De Vendas, Organização E Métodos, Administração De Cargos E Salários E Administração De Recursos Humanos II, tendo exercido essas atividades periodicamente, variando o número de alunos a cada semestre, desde o ano em que ingressei na UFS, em 1976. a relação dos orientandos sob minha responsabilidade encontra-se arquivada no Departamento de Administração da UFS.
5. CARGOS E FUNÇÕES EXERCIDOS
Durante os períodos em que exerci os cargos em comissão, funções específicas de confiança, nas instituições, sempre tive a preocupação de administrar com justiça os subordinados e deixar uma marca nos serviços executados, adotando medidas e técnicas sempre com vistas à modernização dos métodos e processos administrativos utilizados, medidas estas que muitas vezes não era do agrado das pessoas envolvidas naquelas tarefas. Dentre as funções exercidas até a presente data, refuto como as mais importantes: a de Presidente do Grupo de Implantação da Reforma Administrativa da Universidade Federal de Sergipe e a de presidente do Grupo responsável pela implantação da nova estrutura Orgânica do Governo do Estado.
Nos trabalhos desenvolvidos durante a fase de implantação da reforma administrativa na UFS, já comentados neste memorial, no item Administração Universitária, foi onde adquirimos experiência profissional e consciência de que poderíamos contribuir de forma concreta para a melhoria e modernização dos métodos até então adotados para elaboração de Planos de Governo, cuja ênfase era redigir um documento com análise de dados históricos da economia do estado e alinhar intenções de realizações para o mandato Governamental que se iniciava. Estes planos eram feitos em geral por uma reduzida equipe de técnicos considerados iluminados, mas cuja visão era estritamente econômica, pouco participativa e sem definição específica dos princípios gerenciais a serem adotados para implantação das intenções delineadas nos respectivos planos.
Em geral estes planos eram considerados excelentes peças literárias e econômicas, destinadas muitas das vezes às prateleiras de órgãos e bibliotecas técnicas, sem contudo darem uma resposta satisfatória para a sociedade nem na área econômica nem tão pouco na área social. Como já vinha participando do governo anterior, como consultor, implantando e assessorando órgãos da administração estadual, conforme já relatamos no item “consultoria e assessoria” fui convidado pelo governador eleito para o mandato de 1987 a 1991, Sr. Antônio Carlos Valadares, para propor uma metodologia de elaboração de plano de Governo moderna, objetiva que tivesse a participação da sociedade e fosse executável.
Depois de alguns dias pensando naquele novo desafio, conclui que havia chegado a hora de quebrar de uma vez por todas com os métodos tradicionais que vinham sendo aplicados até aquele instante, para elaboração destes documentos, apesar de saber que mais uma vez iria adotar técnicas das Ciências Administrativas, modernas e de pouco conhecimento no Estado, o que traria alguns problemas de ordem pessoal, mas que, no decorrer dos anos, seria gratificado, pois já havia enfrentado situações semelhantes, quando da implantação da Reforma Administrativa da UFS e do primeiro diagnóstico participativo e plano de classificação de cargos e salários implantados na Empresa de telecomunicações de Sergipe – TELERGIPE. Anos depois, verifiquei que aquelas técnicas era adotadas por outras instituições e profissionais liberais no Estado, com sucesso.
Aceito o desafio, propus ao Governador eleito e sua equipe que fosse elaborado um plano de governo utilizando-se de técnicas de planejamento as mais modernas existentes naquele momento, que vinha sendo utilizadas em instituições nacionais e internacionais com bastante sucesso, que era o PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO, cujo foco principal é a identificação das necessidades do consumidor ou usuário do sistema através da elaboração de um diagnóstico geral da organização a ser estudada, com a participação direta dos usuários e consumidores e, a partir deles, a instituição passa a definir sua Missão, seus princípios, seus objetivos, metas e projetos específicos. Esta metodologia tem como foco principal a identificação do mercado em que a mesma está inserida, o perfil dos seus potenciais usuários e quais os pontos fortes e fracos da organização que deve sofrer intervenções. Aliados a estes princípios a metodologia prevê ainda que o plano de ação a ser implementado tem de conter medidas bem estruturadas no plano operacional, isto é, na base da organização. Após aceitação da metodologia proposta iniciei a elaboração de plano do governo para o quadriênio 1987 a 1991.
Inicialmente selecionei as áreas de atividades-fim e meio de Governo, e convidei 260 profissionais, técnicos de nível médio e superior vinculados à Administração publica e pessoas da comunidade sem vinculo empregatício com o Estado, cuja atuação, de alguma forma, estava envolvida na respectiva área do conhecimento. Em quinze dias levantamos todos os problemas considerados entraves na Administração Pública Estadual e alinhamos um conjunto de proposições de melhorias que, transformadas em intervenções específicas, trariam com certeza a mudança do desempenho funcional do Estado como INSTITUIÇÃO COLETIVA.
De posse desses documentos, passei a analisá-los e, com a participação e envolvimento do dirigente máximo do estado, foi redigido todo o PLANO DE GOVERNO onde estavam contidos: MISSÕES, PRINCÍPIOS, OBJETIVOS, LINHAS DE AÇÃO E PROJETOS. Para dar cumprimento as linhas de ação definidas no Plano, elaborei uma estrutura organizacional para Administração Pública Estadual que pudesse atender a todas as propostas oriundas do diagnóstico. Uma delas que considero de bastante relevância foi a de atribuir ao Vice-Governador a responsabilidade de Presidir os Conselhos de Administração da Fundações e Autarquias e a obrigatoriedade de que estes Conselhos e os das Empresas Públicas e de Economia Mista tivessem também um representante dos empregados eleitor pelos seus pares. Outro avanço adotado na estrutura orgânica foi a criação de uma secretaria de estado do trabalho onde se abrigava um órgão de caráter deliberativo com responsabilidade de coordenar a política salarial da administração publica estadual, o conselho estadia de salário da administração pública estadual – CONSESE, composto por secretários de estado do núcleo central do governo (Secretaria de Planejamento, Fazenda, Administração, Auditoria Geral, Trabalho e Secretaria de Governo), sendo suas ações operacionalizadas por uma Secretaria Executiva a qual tivemos a honra de implantar e dirigir, durante um mandato governamental, no período compreendido de 1987 a 1991. para implantar estas mudanças na máquina administrativa do estado, foi criado um grupo de trabalho para implantação da estrutura organizacional do estado e uma secretaria de modernização administrativa com a finalidade de abrigar o referido grupo, ficando subordinada diretamente ao Governador do estado.
Foi através desses órgãos que desenvolvi um conjunto de ações inovadoras na administração publica, e destacamos, entre outras, as seguintes: sistema de acompanhamento das despesas operacionais das fundações, autarquias, empresa pública e empresa de economia mista, racionalização das estruturas orgânicas das secretarias de estado, eliminando os escalões hierárquicos, passando a existir somente três: departamento, divisão e seções, com a extinção de setores, serviços e outras denominações inferiores. Definiram sensivelmente os trâmites burocráticos. Outra mudança bastante marcante foi o sistema de controle centralizado de pagamentos de contas telefônicas de todas as instituições da Administração Pública elaborado pelo grupo e implantado pela Secretaria de Estado da Administração. Vale ressaltar que durante este período prestei assessoramento técnico na adequação das novas estruturas organizacionais das Autarquias das Fundações, Empresas Públicas e Empresas de Economia Mista. Dentre estes trabalhos, o que considero de maior importância foi a elaboração, para a empresa distribuidora de energia de Sergipe – ENERGIPE, de um diagnóstico Geral, com vistas a definir um conjunto de políticas, utilizando-se como Metodologia O PLANO ESTRATÉGICO, o que para mim foi motivo de satisfação pessoal, pois sabia que, a partir daquele momento, a empresa iria melhorar substancialmente o seu desempenho operacional, e seus técnicos assumiriam uma postura mais participativa no processo decisório da instituição, o que realmente ocorreu.
No decorrer do mandato de Chefe do Departamento de Administração, na UFS, tive a oportunidade de iniciar uma nova reformulação curricular, sendo encaminhada ao Conselho de Ensino e da Pesquisa – CONEP, no ano de 1994 e que até a presente data ainda não foi aprovada. Tentei imprimir uma nova filosofia de Trabalho, motivando os professores a participarem de atividades externas da instituição, através de Consultorias e assessoramento a instituições públicas e privadas. Temos consciência de que para se atuar nesta área como professor eficiente, somente se consegue, quando se adquire experiência prática, tornando suas aulas mais ricas e atrativas. Tem também o seu valor reconhecido aqueles professores que se dedicam a disciplinas estritamente teóricas, pois são estes dedicados mestres, com perfil de pesquisadores que impulsionam as ciências e as tecnologias para novas descobertas.
A seguir relacionamos os cargos funções exercidos durante o período de 1974 a 1996, com seus respectivos documentos comprobatórios.
Administrador da Faculdade Tiradentes, tendo exercido a função de Chefe Do Departamento De Administração, no período de agosto de 1974 a maio de 1976.
Administrador do quadro de empregados da companhia de telecomunicações de Sergipe- TELERGIPE, tendo exercido as Funções De Assessor Da Diretoria De Administração, Assessor De Recursos Humanos, Chefe Da Divisão Comercial E Chefe Da Divisão Financeira, durante o período de maio de 1974 a dezembro de 1975.
Assessor técnico, designado pelo magnífico Reitor para desenvolver serviços técnicos na reitoria, na coordenação geral de planejamento – COGEOLAN/UFS, período 1977 a 1978. (Doc. 91 – Portaria).
Assessor especial superior – AES, nível 04, cargo em comissão, nomeado pelo magnífico reitor para desenvolver trabalhos técnicos junto à reitoria no período de 1978 a 1981. (Doc. 92 – Portaria).
Presidente do Grupo de Implantação da reforma Administrativa da Universidade federal de Sergipe – UFS, designado pelo Magnífico Reitor, para responsabilizar-se pela elaboração e implantação dos documentos formais da nova estrutura orgânica da Universidade Federal de Sergipe, período de 1978 a 1982. (Doc. 93 – Portaria).
Diretor da coordenação de modernização administrativa da COGEPLAN/UFS, cargo em comissão, nomeado pelo Reitor, período de 197X a 1980. (Doc. 92A – Portaria).
Diretor do centro de treinamento para o desenvolvimento CETREN, cargo em comissão, nomeado pelo magnífico Reitor, para gerir atividades do órgão suplementar subordinado à Pró-reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa da UFS, período de 1981 a 1982. (Doc. 94 – Portaria).
Assessor especial, cargo em comissão, nomeado pelo Governador do Estado, para exercer suas funções na Secretaria De Estado De Governo, período de 1987 a 1991. (Doc. 95 – Decreto).
Secretario Especial De Modernização Administrativa, cargo em comissão, nomeado pelo Governador do Estado, período de 1987 a 1990. (Doc. 96 – Decreto).
Coordenador do grupo de trabalho para implantação da nova estrutura organizacional da administração pública estadual, designado pelo Governador do Estado, função que exerci no período de 16 de março de 1987 a 1991. (Doc. 97 – Decreto).
Secretário executivo do CONSESE – Conselho Estadual de Salário da Administração Pública, designado pelo Secretario de Estado do Trabalho, função que exerci durante o período de 1988 a 1991. (Doc. 98 – Portaria).
Chefe Do Departamento De Administração acadêmica da Universidade Federal de Sergipe – UFS, eleito pelos professores e nomeado pelo magnífico Reitor para o mandato de 1993 a 1995. (Doc. 99 – Portaria).
Vice – coordenador do colegiado do curso de administração, eleito pelos professores do Departamento de Administração, para o mandato de 1996 a 1998. (Doc. 100 – Portaria).
6. TRABALHOS PUBLICADOS
Artigo “A REFORMA DA UFS”, publicado na Revista da Universidade Federal de Sergipe, número 2, junho de 1980.
7. OUTRAS ATIVIDADES
No ano de 1975, após a conclusão das primeiras turmas dos cursos de administração da UFS e da Faculdade Tiradentes senti que havia chegado a hora de ocupar meu espaço de trabalho no mercado local, pois até aquele momento predominava nas áreas específicas, de pessoal, material e organizações e métodos, profissionais sem qualificação teórica para realizar aquelas tarefas. Visando aglutinar estes profissionais e não permitir o aumento de preconceitos na comunidade entre profissionais formados pela UFS e pela faculdade Tiradentes, e já que havíamos contribuído para a formação destes profissionais como professor de ambas as instituições, elaboramos a minuta do estatuto de uma associação profissional dos técnicos de administração de Sergipe – APTASE e no dia 3 de setembro de 1976 fundamos a instituição com a participação de aproximadamente 83 profissionais pertencentes a ambas entidades. Tive o privilegio de ser eleito por unanimidade para exercer o mandato de presidente durante o período de 1976 a 1978. Foi durante este período que pudemos realizar reuniões técnicas, seminários, palestras e outras formas de encontros, sempre com o objetivo de transferir e trocar tecnologias. Nos dias atuais me sinto gratificado por ver os profissionais dessa área já terem conseguido implantar e dinamizar um órgão representativo de importância, o Conselho regional de Administração de Sergipe.
Sócio fundador da ASSOCIAÇÃO PROFISSIONAL DOS TÉCNICOS DE ADMINISTRAÇÃO DE SERGIPE – APTASE, criada em agosto do ano de 1976. Tive a honra de ser seu primeiro Presidente. (Doc. 101 – estatutos).
Criei e instalei a primeira firma de consultoria na área de Recursos Humanos no Estado de Sergipe, denominada ‘SISTEMA’ Assistência Técnica Administrativa com a finalidade de realizar exames de seleção utilizando as técnicas das ciências psicológicas, as baterias de testes. Neste sentido procuramos o dirigente do DETRAN/SE, e comprovei que estava equipado para cumprir as exigências do Conselho Nacional de Trânsito no que dizia respeitos aos exames psicotécnicos para o cidadão ter direito a ter sua carteira de motorista. Após exaustivas discussões com dirigentes do DETRAN/SE, fui credenciado por aquele órgão, passando a ser a primeira firma a realizar os referidos exames. Estando neste período a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos iniciando suas mudanças organizacionais e dando ênfase aos procedimentos técnicos utilizados na área de seleção, fomos contratados para desenvolver esta importante tarefa, a de selecionar empregados para aquela importante empresa, atividade desenvolvida no período de 1975 a 1976.
Sócio proprietário da firma de Consultoria – CONTAC – Consultoria Técnica Associadas, para prestar serviços de consultoria na área de Administração geral, período de atuação 1983 a 1987, tendo realizado diversos trabalhos. Já relatados no item Assessoria e Consultoria do presente memorial. (Doc. 102 – Contrato Social).
Elaborei e implantei para a SECRETARIA DE ESTADO DO PLANEJAMENTO, através do Projeto Nordeste – Se, PRONESE, (unidade Administrativa Responsável pela coordenação do Programa de Apoio ao Pequeno Produtor Rural – PAPP e o Projeto de Combate à Pobreza Rural, financiados com recurso do Banco Mundial, no período de 1982 a 1996, os seguintes documentos: (Doc. 103 – Declaração).
Sistema de Recursos Humanos (regulamento de pessoal, classificação de cargos), Sistema De Material E Patrimônio E O Sistema Dos Serviços Gerais E De Apoio, para a unidade de Administração do Projeto Nordeste – PRONESE, 1985.
Estruturas administrativas das Unidades Gestoras Dos Subprojetos (Criação De Associações Centrais No Interior Do Estado) período 1992 a 1993.
Manuais de procedimentos administrativos para o programa de apoio comunitário (PAC) e fundo municipal de apoio comunitário (FUMAC), período 1994 a 1996.
Durante o período que atuamos como técnico da Unidade de Administração do Projeto Nordeste – PRONESE, Unidade esta responsável pela coordenação, implantação e gerenciamento dos programas financiados pelo Banco Mundial, todos voltados para melhoria das condições de vida do homem do campo, tive a satisfação de ter contribuído de maneira concreta para a viabilização dos mesmos, já que participei da primeira negociação, elaborando toda a estratégia de implantação, bem como definindo a estrutura orgânica necessária ao gerenciamento destes sistemas.
Foi esta etapa da minha vida profissional que muito me gratificou, pois foi aí, que pude contribuir de forma objetiva para melhorar a formação da consciência do homem do campo no aspecto participativo, colaborando na criação de inúmeras associações e conselhos municipais de desenvolvimento, o que hoje já começa a dar sinais de mudança, no processo decisório no município. Fato este por me identificado durante a recente eleição Municipal, quando diversas comunidades elegeram vereadores, pessoas envolvidas com o gerenciamento destas associações. Apensa de ser um trabalho cujo resultado somente aparece em longo prazo, estas associações vem alterando de maneira relativamente veloz o estilo gerencial adotado pelos dirigentes municipais, vez que na estruturação destes conselhos tive o cuidado de incluir nas leis de criação, representando as comunidades, as associações e o ministério público como representante da sociedade em geral. Estas experiências tem me dado satisfação pessoal e um aprendizado cristalino da nossa cultura e a forma como se absorvem os novos conhecimentos Administrativos e gerenciais.
Sócio fundador da Associação de Pesquisa e Estudos Científicos em Administração – ASPEC, tendo exercido o mandato de diretor administrativo financeiro – período 1975 a 1976. (Doc. 104 – Declaração).
A motivação para convencer os colegas professores do curso de administração no sentido de criarmos a supracitada Associação – ASPEC se deu por uma necessidade que identifiquei, durante o tempo que exerci as funções de chefe de Departamento de Administração da UFS, de realizar cursos de extensão, assessorias empresariais, revertendo as receitas oriundas destas ações em aquisições de materiais e equipamentos para o Departamento, estimular professores no sentido de melhorar seus rendimentos, tendo como consequência concreta a melhoria da qualidade do curso, permitindo aos alunos participarem destes eventos como estagiários e, dependendo do tipo e característica do trabalho, atuarem até mesmo como consultor júnior.
Por incompreensão de alguns colegas a Associação não pode atuar dentro do espaço físico do campus da UFS, mesmo assim, deu sua contribuição de maneira concreta, quando da realização do Curso de Mestrado em Engenharia da Produção realizado em Aracaju em convênio com a Universidade Federal da Bahia dando 10 bolsas para professores da UFS, sendo quatro para o departamento de Engenharia, quatro para o Departamento de Administração, uma para a prefeitura do campus e uma para um aluno recém-formado. Após a conclusão dos créditos do curso de Mestrado acima citado, senti a necessidade de diversificar os objetivos da Associação e ampliar o número de sócios com formação em outras áreas do conhecimento humano, exigindo somente que o pretendente, o interessado em ingressar como sócio, tenho curso superior completo e comprove ter no mínimo cinco anos de experiência em atividades gerenciais. No momento presente esta Associação conta com a participação de sócios com formação profissional nas áreas de Administração de Empresas públicas, Engenharia e Serviço Social, estando no momento instalada à rua Vila Cristina, 138, centro, realizando trabalhos para órgãos públicos e provados e sempre que possível integrando alunos em suas atividades.
Coordenei a elaboração de um Plano de Governo para o candidato a Prefeito de Aracaju “Proposta de Trabalho para a Prefeitura Municipal de Aracaju” utilizando a metodologia de planejamento estratégico. (Doc. 105 – Publicação).
Membro do Conselho De Desenvolvimento Municipal Do Município De Arauá, nomeado por decreto, mandato que exerci até a presente data. ( Doc. 106 – Decreto).
Representante da Unidade de Administração do projeto nordeste – PRONESE, no Conselho De Desenvolvimento Municipal Nos Município De Tobias Barreto, Arauá E Salgado, com a responsabilidade de implantar os referidos conselhos. (Doc. 107 – Decreto).
Membro do efetivo do Conselho Fiscal da Companhia Industrial e Turística de Salgado – CISA, nomeado pelo governador do Estado, para o mandato do ano 1976. (Doc. 108 – Ofício).
Coordenei o seminário de Administração Pública Municipal, para os prefeitos eleitos no ano de 1989, patrocinado pelo Governo do Estado. (Doc. 109 – Certificado).
Recebi da unidade de Administração do Projeto Nordeste – PRONESE, no ano de 1992, diploma em reconhecimento dos meus serviços prestados durante a implantação do Programa de Apoio ao Pequeno Produtor Rural do Estado de Sergipe. (Doc. 110 – Diploma).
8. AUTO AVALIAÇÃO PROFISSIONAL
Considero este item do Memorial como sendo o mais difícil de apresentar, pois o exercício mental de auto avaliar-se é uma tarefa das mais complicadas, principalmente quando o predominante em nossa cultura é avaliar o próximo, e quase sempre o mais próximo, o próximo mais à distância.
Para tornar objetivo o relato e avaliação das minhas atividades como profissional tentarei centrar a análise do meu desempenho funcional no campo do embasamento teórico, deixando de considerar pequenas decepções por não ter conseguido acompanhar por mais tempos os processos de reforma que havia iniciado, justamente pela falta de continuidade administrativa nos órgãos publico e a rotatividade dos seus dirigentes.
No decorrer dos últimos vinte e seis anos, me dediquei inteiramente ao exercício da profissão de Administrador, atuando como consultor em órgãos públicos e tendo como atividade principal o Magistério, função que me complementa profissional e emocionalmente, pois é nesta atividade que consegui identificar com clareza que estou contribuindo para a formação profissional das novas gerações. Durante a realização dos trabalhos de consultoria, procurei aplicar técnicas modernas de mudanças organizacionais, as quais muitas das vezes, somente reconhecidas anos depois, a exemplo, posso citar: Pesquisa de Salário e benefício, aplicada no mercado local, com vista a estruturação de tabela salarial, utilizada para elaboração do sistema de classificação de cargos e salários da companhia de desenvolvimento industrial de Sergipe – CODISE (1977), definição de novos critérios para avaliar o desenvolvimento funcional e enquadrar servidores nos novos cargos criados ou aglutinados nas organizações onde tivemos a oportunidade de elaborar e implantar planos de classificação de cargos e salários, critérios estes inclusos nos sistemas de progressão funcional dos regulamentos de pessoal respectivo. Outra técnica que adotei no final dos anos 80 foi a de utilizar o PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO (1987), como instrumento para elaboração de um Plano de Governo, mas que, infelizmente, os dirigentes não souberam explorar nem utilizar todas as vantagens desta técnica. Nos dias atuais as organizações não sobrevivem sem a utilização do mesmo.
Considero como de grande importância para minha vida profissional às árduas, difíceis e complicadas missões que enfrentei para coordenar as atividades de implantação da Reforma Administrativa da Universidade Federal de Sergipe, no período de 1978 a 1980, e a do Governo do Estado durante o período de 1987 a 1990. Durante a implantação da Reforma Administrativa da UFS, tive a oportunidade de adotar princípios de administração cientifica; na área de Recursos Humanos, elaborando um regulamento de pessoal no qual definia um sistema de progressão funcional moderno, através da criação de critérios bem definidos para a promoção horizontal e vertical, além de descrevermos e analisarmos os cargos técnico- administrativos afim de estruturarmos um sistema de remuneração hierarquizado, definindo Grupos Hierárquicos, faixa e níveis salariais. Implantados estes instrumentos, a UFS foi reconhecida nacionalmente como a primeira instituição de ensino superior no país a possuir um Sistema De Classificação De Cargos E Salários dos mais inovadores, pois previa faixas de salários para o servidor técnico-administrativo alongada e níveis para o pessoal docente, criando ainda neste conjunto uma unidade orgânica denominada Gerência de Recursos Humanos, subordinada diretamente ao Reitor, com responsabilidade específica de administrar o plano de Cargos e salários e coordenar todo o processo de seleção do pessoal docente e administrativo da instituição. Outra intervenção que consideramos importante foi a criação do Sistema De Controle De Materiais E Patrimônio, onde estruturamos os catálogos dos materiais e dos bens patrimoniais, utilizando-se técnicas atualizadas para classificação, recebimento, guarda e distribuição de bens móveis, implantando inclusive um novo almoxarifado. Destaco por último a elaboração e implantação de novas rotinas de procedimentos administrativos para a manutenção e controle do Catálogo De Formulários, a normalização do Sistema De Comunicação E Arquivo, implantando técnicas de arquivamento modernas, adotando inclusive os procedimentos de microfilmagem e o programa de racionalização de rotinas continuado, implementado pela coordenação de modernização administrativa.
A reforma administrativa do Poder Executivo do Estado de Sergipe, realizada durante o período de 1987 a 1990, da qual tive a satisfação de participar ativamente, foi uma das experiências mais gratificantes. Desta vez pude contribuir de maneira discreta, mas bastante objetiva, no sentido de despertar nos dirigentes uma visão de planejamento, elaboração, estruturação e execução de um plano de governo, e mudar a metodologia utilizada até aquele momento para elaboração desses instrumentos. Neste sentido, utilizei todos os instrumentos adotados nas técnicas do planejamento estratégico, para elaborar o Plano de Governo para ser implantando no referido período.
O Estado de Sergipe foi o primeiro Estado da Federação Brasileira a adotar essa metodologia. Outra mudança que teve efeito bastante positivo foi a criação, nas estruturas orgânicas das Secretarias do Estado, de uma unidade denominada Núcleo de Desenvolvimento Institucional, responsável pelo acompanhamento, avaliação, informática e racionalização administrativa das ações desenvolvidas pela Secretaria.
Por fim, e para não tornar a leitura deste memorial cansativa, deixo de comentar outras experiências profissionais também importantes, relacionadas ao presente, em forma de tópicos com a respectiva declaração.
Ao terminar esse memorial que para mim foi um novo desafio, em especial esse último item, pude concluir que ao voltar os olhos para trás, apesar das incompreensões e reações a mudanças que vi enfrentado durante a realização dos meus trabalhos profissionais, que assumi a característica de profissional empreendedor e irrequieto, tentando sempre, onde quer que esteja atuando, modificar e questionar os procedimentos de comportamento e do trabalho que estão sendo desenvolvidos.
Essa característica apesar de me trazer mais problemas que satisfação, me deixa de certa forma feliz, pois onde tive a oportunidade de trabalhar sempre deixando minha simples contribuição plantada na organização de forma consciente e honesta. Essa busca de enfrentar novos desafios tentando modificar os padrões tradicionais foi implantada em minha cabeça lá no início da minha vida, quando tive a felicidade de ser alfabetizado pela minha genitora e foi bastante reforçado quando da realização do curso de Administração, onde se aprende que um dos princípios teóricos básicos das ciências administrativas é “SEMPRE EXISTE UMA MELHOR FORMA DE SE FAZER UMA MESMA ATIVIDADE”, ou ainda observando o principio do ‘ERRO ZERO’, isto é, pode-se errar na execução de uma tarefa, mas nunca repetir o mesmo erro. Observando estes princípios e outros que levam ao mesmo objetivo, é que tenho pautado a minha vida profissional.
No momento estou desenvolvendo meu trabalho de dissertação de tese do Mestrado em uma área diferente as que já atuamos até a presente data. Trata-se de desenvolver um sistema de transporte individual, barato e sem causas poluição ao meu ambiente, já utilizado em outros países, que são as ciclovias comunitárias e do cidadão, anteprojeto já discutido com os professores orientadores.
9. BIBLIOGRAFIA UTILIZADA
Durante minha atuação profissional, procurei utilizar técnicas modernas das ciências administrativas, adotando conceitos de autores e especialistas da área que estávamos desenvolvendo. Este método de trabalho nos assegurou a boa qualidade na elaboração dos documentos e a segurança quando da implantação dos mesmos nas organizações em que estava intervindo.
A seguir relaciono os livros, revistas técnicas e trabalhos de profissionais especialistas que consultei, por áreas específicas do conhecimento, quando da realização dos nossos trabalhos.
NA ÁREA DE RECURSOS HUMANOS
CLASSIFICAÇÃO DE CARGOS E SALÁRIOS
O governo federal, através do Departamento Administrativo do Pessoal Civil – DASP foi o pioneiro no Brasil em proceder a estudos nesta importante área do conhecimento, quando criou uma comissão para classificar os cargos e proceder à revisão dos vencimentos do funcionário civil da união, no ano de 1954.
Foi a partir da implantação desta metodologia, pelo Governo Federal, que surgiu nos profissionais ligados a esta área de atuação o interesse em aplicarem esta metodologia nas organizações privadas. O DASF, através Da “Revista Do Serviço Público”, foi durante a década de 50 a 60, o grande divulgador dessas técnicas no brasil.
A seguir relaciono a bibliografia que deu suporte à realização dos meus trabalhos nessa área.
ARANGUREN, J. L. – Comunicação Humana – Uma sociologia da informação. Zahar Editores, Rio de Janeiro, 1975.
BARROS, Cássio de Mesquita Barros Jr. – Transferência de Empregados Urbanos e Rurais. Ltr. São Paulo. 1980.
BERGAMINI, Cecília Whitaker – Avaliação de Desempenho Humano na Empresa, Atlas, São Paulo, 1971.
BROWN, J.A.C – Técnicas de Persuasão. Zahar Editores, Rio de Janeiro, 1976.
CARNEIRO, Ennor de Almeida – Avaliação de Funções teórica e prática. Ao Livro Técnico, Rio de Janeiro, 1970.
FERREIRA, Paulo Pinto – Administração de Pessoal. 2 Edição, Atlas, São Paulo, 1973.
FLIPPO, Edwin B. – Princípio de Administração de Pessoal. 2 edição, Atlas, São Paulo, 1973.
HAIRE, Mason – Psicologia Aplicada à Administração. 2 Edição, Livraria Pioneira Editora São Paulo, 1974.
LUPTON, Tom e Angela M. Bowy – Administração de Salarial. Editora da Universidade de São Paulo, São Paulo, 1978.
MACHADO, Daisy Heeschen Niro – Legislação de Recursos Humanos. 1980. 2. Edição, Imprensa Oficial do Estado do Paraná. 1981.
PIMENTEL, A. Fonseca – Introdução à Administração Internacional de Recursos Humanos. Revista do Serviço Público, Out/dez. Brasília, 1974.
SANTOS, Roberto – Administração de Salários na Empresa. Ltr, São Paulo, 1975.
SERSON, José – Curso Básico de Administração de Pessoal, Editora Ltr, São Paulo. 1971.
ZIMPECK, Beverly Glen – Administração de Salários. Editora Gráfica Luna Ltda. Rio de Janeiro. 1981.
NA ÁREA DE ORGANIZAÇÃO DE SISTEMAS E MÉTODOS
Durante a realização dos meus trabalhos técnicos, sempre procurei um livro, uma revista ou um profissional especialista na área em que estava atuando. Esse procedimento me dava a certeza de que a intervenção que iria adotar na organização teria resultados satisfatórios. A área de Organização e Métodos vem evoluindo de maneira fantástica, nos últimos cinco anos, com o advento dos Microcomputadores e a utilização, pelas organizações, de modernas técnicas de Planejamento, Organização, Coordenação e Controle, exigindo do profissional uma atualização constante. Nesse sentido, procurei sempre utilizar uma bibliografia básica par dar suporte aos nossos trabalhos no decorrer dos últimos anos, as quais, relaciono a seguir:
ADDISON, Michel E. – Fundamentos de Organização e Métodos. Zahar Editores, Rio de Janeiro, 1973.
ANSOFF, H, Igor – Estratégia Empresarial, McGraw-Hill do Brasil, São Paulo, 1977.
ANSOFF, H. Igor – Do Planejamento Estratégico a Administração Estratégica. Editora Atlas, São Paulo, 1987.
BERTALANFFY, Luwig Von – Teoria Geral dos Sistemas. Editora Vozes, Petrópolis, Rio de Janeiro, 1975.
BLAKE, & Mouton – O Grid Gerencial. Biblioteca Pioneira. Editora São Paulo, 1975.
CARAVANTES, Geraldo R e Wesley Bjur – Reengenharia ou Readministração. Editora AGE, Porto Alegre, 1994.
DIAS, J. de Nazaré T. – A Reforma Administrativa de 1967, Fundação Getúlio Vargas, Rio de Janeiro, 1968.
DRUCKER, Peter F. – O Gerente Eficaz. ZAHAR Editores, Rio de Janeiro, 1976.
DWIGHT, Waldo – O Estudo da Administração Pública. Fundação Getúlio Vargas, Rio de Janeiro, 1971.
FARIA, A. Nogueira de e J. A. de Tomaso Coelho – Formulários Administração e Projeto. Livros Técnicos e Científicos S.A., Rio de Janeiro, 1983.
FURLAN, José Davi – Planejamento Estratégico de Sistemas de Informação. Editora McGraw-Hill Ltda, São Paulo, 1991.
HIRSCHFFLD, Henrique – Planejamento com PERT-COM. Editora Atlas S.A. São Paulo, 1970.
HODGKINSON, Christopher – Proposições Para Uma Filosofia da Administração. Editora Atlas, São Paulo, 1983.
HUMBLE, John W. – Administração por Objetivos. Edições Melhoramentos Management Center do Brasil, São Paulo, 1976.
KAUFMANN, Arnold – A Ciência da Tomada de Decisão. ZAHAR Editores, Rio de Janeiro, 1975.
LERNER, Walter – Organização, Sistemas e Métodos. Editora Atlas, São Paulo, 1975.
MATOS, F. Gomes de – Gerência Participativa. Livros Técnicos e Científicos. Editora, Rio de Janeiro, 1979.
MELESE, Jaques – A Gestão Pelos Sistemas. Editora Ao Livro Técnico S.A., Rio de Janeiro, 1973.
MINNICH, Charles J e Oscar S. Nelson – Administração por Sistema. Editora Atlas S.A. São Paulo, 1973.
MIRANDA, G. I. Mac – Dowell dos Passos – Organização e Métodos. Editora Atlas S.A., São Paulo, 1974.
MORGAN, John S. – Aumente Sua Criatividade Profissional. Editora McGraw-Hill do Brasil LTDA, São Paulo, 1974.
MOURA, Paulo C. da Costa – O Benefício das Crises Desenvolvimento Organizacional e Mudança Planejada. Livros Técnicos e Científicos, Editora S.A. Rio de Janeiro, 1978.
OLIVEIRA, Djalma P. Rebouças – Holding, Administração coorporativa e Unidade Estratégica de Negócio. Editora Atlas, São Paulo, 1995.
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