Por convite do professor Guilherme Antonio Vivacqua, que estava neste ano de 1977 implantando os órgãos institucionais do Território do Amapá, que ainda não era estado e cuja administração era responsabilidade do Ministério do Interior, fui convidado para propor a readequação da Associação de Credito e Assistência Rural do território federal do Amapá, tendo na oportunidade elaborado o Estatuto.
Fui convidado para dar assessoramento na implantação do Sistema de Recursos Humanos da Associação de Credito do Território do Amapá. Onde propus Normas de funcionamento de recrutamento e seleção para essa instituição e reestruturação do estatuto o qual passava a se chamar ASTER – já integrando o sistema brasileiro de Assistência Técnica e Extensão Rural SIBRATER. Criado em 1974.
Nessa viagem ao Amapá me acompanhou o sr. Arivaldo Carvalho, proprietário da serraria Carvalho, esse tinha desejo de montar uma serraria e entregar para os filhos, já que naquele Estado existia exploração madeireira muito intensa. Para se chegar ao estado de avião só era possível durante o dia, pois o aeroporto não tinha sistema de radar e as aeronaves só pousavam com visibilidade 100%.
Durante o dia eu desenvolvia minhas atividades numa sala no palácio enquanto sr. Arivaldo percorria de lancha municípios para identificar área que pudesse adquirir. Para minha surpresa e curiosidade existia naquele território, municípios que só se chegava de barco, após 2 dias de viagem tive oportunidade de conhecer um desses municípios. Fiquei curioso com um indivíduo carioca que vivia há um ano naquele lugar afastado de tudo e todos, era formado em medicina e com perfil acentuado de catolicismo, basicamente um frade, que no município era delegado, padre, dentista, parteiro, aconselhador, era um indivíduo dedicado a sociedade, esse fato me deixou bastante impressionado por ver o desprendimento de uma pessoal que jamais tinha visto, desprovido de qualquer ambição, cuja única preocupação era ajudar o próximo, sai de lá num estado reflexivo intenso, que durou muitos dias.
Outro fato curioso, é que lá o refresco que se tomava era o xarope de guaraná, o meu companheiro sr. Arivaldo achando que este refresco era afrodisíaco tomava uma garrafa todo noite. O resultado disso foi uma infecção por bactéria tropical, que o levou 6 meses de desarranjo intestinal. Tendo que viajar para ser diagnosticado e tratar o infecção bacteriana no Rio de Janeiro.
Consulte abaixo os documentos:
Serviço de extensão do Amapá – Antigo
Estatuto da ASTER - Amapá - falta anexo
Cronograma - falta anexo